Holanda, o paraíso... da chatice!


Após legalizar o uso de drogas leves e pôr em discussão no Congresso a regulamentação do plantio de maconha, a Holanda há pouco tempo legitimou a prática de sexo em parques públicos. Tá certo que com restrições de horário. Os casais só poderão se entregar aos prazeres lascivos ao ar livre após as 22 horas. Ok... Muita gente que já estava certa de que a Holanda era o paraíso, se convenceu ainda mais.

Eu sempre pensei, talvez por um gosto pessoal meu, já que não vejo muitas vantagens em fumar maconha, que a graça de absorver a fétida fumaça de um baseado estava muito mais na ilicitude da coisa que propriamente nos prazeres proporcionados pela cannabis. E fazer sexo em público, então? Não consigo imaginar que alguém em sã consciência troque o conforto e privacidade de quatro paredes, e as possibilidades oferecidas por uma bela cama king size, pela umidade de uma grama pisada sabe-se lá por quantas pessoas ou, quem sabe, pela aspereza de um tronco de árvore, senão pela sensação, essa sim muito excitante, proveniente do risco de estar sendo observado por alguém, ou de ser interrompido a qualquer momento mediante um guarda importuno. Claro que existem aqueles ecologistas radicais que passam a vida fantasiando trepar agarrados a alguma cerejeira centenária, pouco dando importância a boa emoção do perigo da voluptuosidade explícita. Enfim, acho que a Holanda está fazendo jus a sua condição de estar abaixo do nível do mar, afundando-se cada vez mais rumo a tornar-se um dos países mais chatos do mundo!

Essas avacalhadas medidas “moderninhas” que a Holanda adota, quase que na velocidade de uma por ano, a meu ver, soam mais como uma manobra de marketing visando atrair turismo adolescente do que um sincero desejo de tornar-se um exemplo de vanguarda a ser seguido pelos demais países. Claro que se teria muito a discutir a respeito dos polpudos lucros advindos deste tipo de turismo, ou sobre as “vantagens” (sic) de se legalizar o consumo de drogas ilícitas, mas não quis entrar nesse mérito, pelo menos por enquanto.

5 comentários:

Victor Stifler

2 de abril de 2008 às 01:06

Remando à outros marés vemos isso no Brasil de uma forma torta.

Aqui não é liberdado(ainda) pelo lance do tráfico e sexo nos parques públicos...

Bom, aqui em Sampa os parques fecham ás 9, Ibirapuera, Vila Lobos entre outros.

hahaha

Sim, a Holanda quer os jovens...

É uma bela forma de promover o merchan próprio e uma bela forma de conter um texto interessante sobre esse assunto

parabéns pelo blog, gostei do que li

abraços

Anninha Rios

2 de abril de 2008 às 14:59

Eu sou suspeita pra falar, mas adoro a forma com que você aborda os assuntos. Quisera eu ter essa facilidade de escolher os temas interessantes e colocá-los assim, de uma forma tão própria, sem copiar textos ou opiniões alheias.

Mas, como eu disse, sou suspeita pra falar. E quero minha declaração de amor de volta (L).

Chato.

blog

2 de abril de 2008 às 15:13

Interessante essa visão sobre a questão "marqueteira" dos holandeses, mas estive em Amsterdã nos anos 90 e o nível de discussão sobre essa questão é contundente.
Há camadas da população que apóiam; outras, não.
Acredito mesmo que a coisa seja mais profunda do que uma simples discussão sobre ser ou não favorável ao consumo de drogas.
Há variáveis nesse processo, como controle governamental, participação familiar e sistema de saúde, que fica facilitado quando o foco é identificado.

Tica

2 de abril de 2008 às 19:15

a Holanda é muitooo locaaa
acho q vou passa minhas ferias por la rsrsrs...
Mas no Brasil isso não daria certo...se bem né q isso legal ou não ja rola pra caramba por ai haha a diferença é q se vc for pego vc vai em cana rs
adorei a abordagem do tema eis ai uma coisa muito legal de se ler
parabéns

Henrique Fogli

3 de abril de 2008 às 13:06

A legalização da maconha na Holanda, além do turismo relacionado, fez com que o uso de drogas pesadas como heroína caísse pela metade, contrariando muitos estudos que dizem que a maconha leva as pessoas ao uso de outras drogas. Não imagino que tenha sido uma estratégia de marketing, e sim um teste que deu certo. Se tivesse falhado, como falhou em certos aspectos (no começo era permitido fumar em diversas praças, depois em alguns pontos da cidade e por fim somente nos coffee shops que comercializam) tenho certeza que providências serão tomadas. Quanto ao sexo em público, que também é restrito, permitido somente no Vondelpark (se é que é assim que se escreve) não deve ser nada arbitrário, provavelmente apoiado em pesquisa com turistas ou com o povo.

A diferença é que, enquanto nós aqui só pensamos em problemas pra resolver - até pelo volume deles - lá eles pensam em oportunidades de mudança. Se afunda o país ou não, é uma questão de gosto, não de critério. Tenho certeza que vai ter gente transando no Vondelpark, e achando o máximo.

Gostei do blog, opiniões diferentes das minhas, mas muito bem escrito! Abraço!

Henrique